sábado, outubro 16, 2010

Os Portugueses e os sacrifícios

Os Portugueses quase desde a fundação do País que fazem sacrifícios e fazê-los não tem sido, historicamente, causa de revoltas. Os Portugueses só se revoltam contra os sacrifícios injustos e inconsequentes.
Os sacrifícios que são hoje exigidos aos Portugueses cabem nessa categoria. São sacrifícios injustos e inconsequentes porque penalizam os mais cumpridores e não significam mais do que a manutenção de um jogo impossível de ganhar.
Os Portugueses sentem que sem uma reforma profunda do sistema político, que devolva utilidade social às instituições e que promova a responsabilização total da sociedade – e não apenas dos decisores – e que contribua para que cada dever tenha sentido perante cada direito, não medidas de contenção que resolverão o essencial: acreditar e vencer.
Portugal precisa de verdade e de coragem política e precisa de homens e mulheres portadoras do conhecimento que possibilita a competência à frente do seu destino. Para isso é necessário que os Portugueses efectivamente possam escolher os melhores. Para que os Portugueses possam poder escolher os melhores é preciso reformar o sistema político. Sem essa reforma a Democracia – que em muitos aspectos já é apenas formal – não sobrevivirá…nem Portugal enquanto País que é justificável e se justifica.

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