As razões que me levaram, em Setembro passado, a afastar-me da candidatura foram estritamente políticas: assentavam no facto de Fernando Nobre não ter qualquer projecto político consistente, ter um profundo desconhecimento do ordenamento constitucional português, ser portador de um discurso político errático e elaborado ao mero sabor das circunstâncias e que foi “convencido” a partir para esta aventura pelo Dr. Mário Soares que viu nele um instrumento de desgaste da candidatura de Manuel Alegre, além do mais, percebi que Fernando Nobre constituiu um “inner circle” completamente impreparado para o desenvolvimento e gestão de uma campanha eleitoral, composto por indivíduos, na sua maioria, dissidentes do Partido Comunista Português, portadores do pior que existe em termos da escola e cartilha estalinista, facto que os levou a proceder a expulsões e purgas em relação a todos que, por uma razão ou por outra, manifestaram discordância sobre a forma como a pré-campanha decorre, atropelos que são, por inteiro e por repetidas afirmações do mesmo, da responsabilidade do próprio Fernando Nobre.
Os recentes desenvolvimentos do Porto – que se traduziram na expulsão de vários voluntários da organização de campanha e no absurdo da expulsão de quem já tinha saído – comprovaram, infelizmente, tudo o quanto eu já pensava da aventura ridícula que é esta candidatura.
O que se está a verificar agora é um clássico da irresponsabilidade política e cívica: os algozes, os censores, os expurgadores pretendem, à viva força, transformarem-se em vítimas.
Percebi que continuar a denunciar todas estas lamentáveis situações era o melhor que poderia acontecer, nesta fase, a Fernando Nobre: fazer dele uma vítima.
Ora Fernando Nobre não é a vítima. Fernando Nobre é o culpado. O culpado de se ter auto-destruído e culpado por permitir que com o seu consentimento expresso se atentasse contra o mais elementar dos direitos democráticos: o direito à liberdade de expressão.
Não vou mais contribuir para a auto-martirização de alguém que obviamente está perturbado.
O meu caminho de vida consistiu sempre em estar ligado a energias de construção e portanto não vou agora dedicar-me a actividades que correm o risco de aportar notoriedade a algo que é absolutamente irrelevante e socialmente destrutivo.
Assim sendo, para não querer ser cúmplice da edificação paulatina de um mártir e também pelo sentimento de piedade pela triste figura de alguém que poderia ser grande e tão rapidamente se apoucou, não farei mais nenhum comentário sobre algo que já pertence ao meu passado e ao capítulo das desilusões tardias, independentemente de me reservar o direito de agir noutros palcos e em distintos contextos se de tal sentir necessidade.
Os recentes desenvolvimentos do Porto – que se traduziram na expulsão de vários voluntários da organização de campanha e no absurdo da expulsão de quem já tinha saído – comprovaram, infelizmente, tudo o quanto eu já pensava da aventura ridícula que é esta candidatura.
O que se está a verificar agora é um clássico da irresponsabilidade política e cívica: os algozes, os censores, os expurgadores pretendem, à viva força, transformarem-se em vítimas.
Percebi que continuar a denunciar todas estas lamentáveis situações era o melhor que poderia acontecer, nesta fase, a Fernando Nobre: fazer dele uma vítima.
Ora Fernando Nobre não é a vítima. Fernando Nobre é o culpado. O culpado de se ter auto-destruído e culpado por permitir que com o seu consentimento expresso se atentasse contra o mais elementar dos direitos democráticos: o direito à liberdade de expressão.
Não vou mais contribuir para a auto-martirização de alguém que obviamente está perturbado.
O meu caminho de vida consistiu sempre em estar ligado a energias de construção e portanto não vou agora dedicar-me a actividades que correm o risco de aportar notoriedade a algo que é absolutamente irrelevante e socialmente destrutivo.
Assim sendo, para não querer ser cúmplice da edificação paulatina de um mártir e também pelo sentimento de piedade pela triste figura de alguém que poderia ser grande e tão rapidamente se apoucou, não farei mais nenhum comentário sobre algo que já pertence ao meu passado e ao capítulo das desilusões tardias, independentemente de me reservar o direito de agir noutros palcos e em distintos contextos se de tal sentir necessidade.