terça-feira, novembro 30, 2010

Portugal, Euro e UE

Quando alguém em Portugal se atreve a questionar a nossa manutenção no Euro e até mesmo nesta União Europeia completamente pervertida em relação aos seus objectivos iniciais, é olhado como um demente ou como um herético perigoso.
Por outro lado a saída de Portugal da moeda única ou da organização é comparada a uma espécie de albanização do País.
Afirmar tal disparate é confessar que nada se percebe nem de História nem da percepção do presente.
O Euro é hoje para Portugal efectivamente perniciosos e as suas vantagens, que sempre foram poucas são cada vez mais residuais.
A União Europeia está a ser reconfigurada numa mera união económica e financeira ao sabor dos mercados internos mais fortes e tal realidade é um problema de difícil solução para Portugal.
Quanto à comparação com a Albânia é preciso, antes de tudo mais, perceber que Portugal é uma democracia. A Albânia não o era. Em Portugal existem propriedade privada e partidos políticos, além de que os contextos históricos, sociais e económicos são completamente diferentes dos da Guerra Fria.
O que eu gostaria de ver era um estudo sério, levado a cabo pela Universidade Portuguesa, sobre as reais consequências da saída de Portugal do Euro e até mesmo da EU.
Sem esse estudo tudo o quanto se afirme em relação a essa a matéria não passa de “treta”.

sábado, novembro 06, 2010

Primeiras impressões sobre Vilnius

Vilnius…uma pequena jóia de um barroco tardio e suave guardada numa das ilhargas do Báltico. Com as suas ruas limpíssimas como a querer limpar as pegadas empapadas em sangue da Gestapo e do KGB. Vilnius…uma cidade cultora dos pequenos restaurantes, cafés e bares que proporcionam as boas e sossegadas conversas ao redor de lareiras imaginárias. Vilnius…dois rios que serpenteiam em abraços constantes às colinas amenas onde se fez e refez a cidade. Vilnius…uma urbe que sobreviveu ao testemunho de uma Europa violenta, racista e matadora. Uma Europa das utopias de todas as maldades. Vilnius…uma cidade que quer ser um ponto de exclamação entre reticências…reticências da eurocracia, reticências do pan-eslavismo russo, reticências do USDolar fácil que compra barato tudo aquilo que não tem preço…