sexta-feira, agosto 06, 2010

A rapaziada do Tio Sam

Os Estados Unidos da América preparam-se para abandonar o Iraque. Mais uma vez a rapaziada do Tio Sam, após uma entrada de leão, tem uma saída de “sendeiro”.
Uma saída que deixa um país mergulhado num caos económico e social absoluta, com as suas principais estruturas destruídas. É verdade que já não tem Saddam Hussein ao leme, mas está a milhas de ser democrático e com todas as condições para fazer emergir vários “Saddam”.
Invadido por causa do petróleo, abandonado por causa da despesa.
A rapaziada do Tio Sam vai agora, ao que parece, concentrar-se no Afeganistão, ou seja vai consumir biliões de dólares e destruir muitas mais vidas humanas para, daqui a uns anitos, fazer o mesmo: sair à sendeiro.
O mundo começa a perceber Obama e as suas profundas limitações. A retórica é quotidianamente destruída pela força dos factos.
Guantanamo? Na mesma.
Conflito israelo-arabe? Na mesma.
Seja o Presidente norte-americano branco ou negro, democrata ou republicano é completamente indiferente. A máquina é a mesma e o dinheiro não muda de cor. É sempre verde-lodo.
Da mesma forma que é igual a ignorância, a arrogância e o espírito messiânico.
No entanto hoje há coisas que já não são o que eram. Há a China, há o Brasil, há a Índia e há uns EUA a espernear sem puderem ser mais o que já foram e sem saberem o que querem ser ou, sequer, o que podem ser.
O que se mantém igual é uma Europa presa nas suas profundas contradições, sem rumo e sem destino claro. E muita fome e miséria no mundo. E muitas vidas perdidas – ou mortas ou sem futuro que é quase a mesma coisa.

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